8 Setembro, 2023 0 comment

Back to Business: como potenciar a motivação e a produtividade no regresso ao trabalho?

 

O regresso ao trabalho está aí. Com a chegada do mês de setembro é altura de voltar a ativar toda a dinâmica organizacional e a questão que se coloca é “como manter cada um dos nossos colaboradores motivados?” Somos diferentes, mas trabalhamos sobre uma mesma cultura e com objetivos comuns, como pode então a organização potenciar o talento e a produtividade de cada colaborador?

 

foto: Inc.

Neste “novo mundo do trabalho”, o conceito de “Sociedade 5.0”, que teve origem no Japão, representa uma revolução silenciosa por um bem maior: a humanidade. As mudanças impostas pelo surto de Covid-19 evidenciaram o equilíbrio (ou falta dele) entre a vida familiar e profissional e, nesse sentido, necessitamos de reaprender (reskilling) a trabalhar no novo contexto e de evoluir das qualificações para as competências, trabalhando com base numa sólida estrutura de valores, promovendo a confiança como base do crescimento e da evolução.

A melhoria da produtividade e do bem-estar de cada colaborador deverá ter por base “a pessoa certa no lugar certo”, para que tal aconteça os líderes devem conhecer melhor as suas equipas e, sobretudo, apoiar o desenvolvimento dessas novas competências fundamentais ao sucesso e felicidade individual.

 

Neste contexto, metodologias como o DISC podem ser excelentes ferramentas de apoio estratégico na criação de valor, permitindo que o autoconhecimento alavanque a mudança positiva, desenvolvendo a relação interpessoal, a comunicação interna, trazendo as pessoas a bordo do “comboio 5.0”. Partilho o resumo das caraterísticas dos 4 tipos base de personalidade comportamental, de acordo com o método DISC:

DECISOR “Perfil D” – Focados em enfrentar desafios e resolver problemas, muito orientados para os objetivos e para as tarefas necessárias para os alcançar. Mostram-se firmes, enérgicos, decisivos, rápidos, corajosos, arriscados e determinados. Ficam desmotivados com supervisão e controlo excessivos, com extensas comunicações e desvios, com a sensação de perda de tempo, com a pressão dos processos ou com uma chefia autoritária.

INFLUENTE “Perfil I” – Concentram-se na interação, comunicação e influência, são muito orientados a alcançar objetivos por meio de relacionamentos interpessoais. Mostram-se comunicativos, persuasivos, convincentes, seguros, amistosos, otimistas e felizes. Ficam desmotivados com a falta de comunicação, por não poder expressar as suas opiniões, excessiva atenção aos detalhes, tarefas rotineiras, excesso de formalismo ou uma chefia distante.

SERENO “Perfil S” – Motivam-se em manter um ambiente estável e previsível, evitam mudanças no ambiente e nos ritmos, são trabalhadores orientados aos processos e às pessoas neles envolvidas. Mostram-se tranquilos, pacientes, previsíveis, amigáveis, sistemáticos. São resistentes à mudança, se não entenderem os motivos. Ficam desmotivados com mudanças não estruturadas e fundamentadas, falta de coesão da equipa, falta de processos bem definidos, ritmo excessivamente rápido ou chefe disperso, com frequentes mudanças de opinião.

CUMPRIDOR “Perfil C”Necessitam de regras e procedimentos. Baseiam-se em dados, provas e evidências. Procuram a qualidade no trabalho. São perfis orientados para o processo e as tarefas que o compõem. Mostram-se distantes, mas cordiais, firmes, calmos, analíticos, lógicos e reflexivos. Muito perfecionistas, cumprem com as normas. Ficam desmotivados com mensagens vagas ou pouco claras, não conformidade com diretrizes pré-estabelecidas, conversas fora do contexto profissional ou mais emocionais.

 

fonte: WEF

 

O Comportamento é uma base importante da competência, conhecer melhor as pessoas e promover o seu desenvolvimento é essencial ao futuro das organizações. Isso mesmo conclui o estudo do World Economic Forum “Future of Jobs, 2023-27)”, que por uma ampla margem demonstra que as empresas envolvidas afirmam que investir em aprendizagem e formação das pessoas é a sua grande prioridade (82%) para 2023, logo seguida pela automatização de processos (80%).

Neste contexto de regresso ao trabalho conhecer e desenvolver as competências do capital humano da nossa organização é fundamental para o sucesso e perenidade do negócio, não esquecendo que o autoconhecimento ocupa um lugar muito importante nesta dinâmica. A pergunta que se coloca é se, efetivamente, conhece o seu perfil e das pessoas com quem trabalha?

 

Artigo de Sérgio Almeida, em parceria com o diário Vida Económica.

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