23 Novembro, 2023 0 comment

Happy Boss: o talento e a felicidade dos colaboradores é uma prioridade dos líderes

Um estudo da Universidade de Oxford sobre felicidade e produtividade provou que os trabalhadores são 13% mais produtivos, quando estão felizes. De acordo com a KPMG no “2023 CEO Outlook”, “Atrair e reter o talento” está no top 10 da lista dos principais riscos para o crescimento das empresas, nos próximos três anos.

 

foto: telefonica

As prioridades dos líderes

Embora os CEO mantenham a confiança no futuro da economia global, as suas opiniões sobre o que constitui um risco para os negócios mudaram, significativamente, nos últimos anos. A complexidade da política global exige um novo nível de resiliência por parte dos líderes das organizações, que reavaliam as suas prioridades estratégicas, de acordo com o estudo supramencionado.

Os gestores identificaram a sua proposta de valor para os colaboradores para atrair e reter talentos como a principal prioridade operacional para alcançar os seus objetivos de crescimento, nos próximos três anos. Estão a apoiar-se na sua estratégia ESG para apelar aos valores da próxima geração de talentos, reconhecendo que a cultura corporativa será mais influenciada pelas atitudes dos funcionários, relativamente à reputação da sua empresa. “As organizações que praticam o que falam em torno da sua estratégia de talento, cultura, valores e compromissos ESG podem promover ligações mais profundas e significativas com os seus funcionários”, afirma este estudo. Oitenta e três por cento (83%) dos CEO dizem que o sucesso da sua organização, incluindo os objetivos de crescimento, depende de uma forte cultura ética.

Podemos afirmar que a felicidade nas organizações deixou de ser apenas uma “moda”, sendo, hoje em dia, uma das prioridades estratégicas dos empresários e gestores, a nível global. Questões como horário flexível, cultura organizacional, oportunidades de crescimento e afirmação e reconhecimento, fazem parte do “happiness pack”, que ajuda a atrair e reter talento.

 



Norma Portuguesa para o Bem-estar e felicidade

Bem-estar e felicidade são muitas das vezes conceitos de difícil definição, entendimento e aplicação prática, no dia-a-dia da organização. Esta complexidade leva a que, apesar de todos concordarem que é um tema importante, nem sempre seja compreendido como uma alavanca para a produtividade laboral. Nesse sentido, podemos afirmar que os gestores portugueses têm, atualmente, à sua disposição uma ajuda, que assenta numa nova ferramenta de apoio à desafiante e prioritária tarefa que é a atração e retenção do talento: a norma NP 4590 “Sistema de Gestão do Bem-estar e Felicidade Organizacional,” que fornece um guia estruturado para as organizações promoverem o bem-estar dos seus colaboradores, de forma sistemática e eficaz.

O bem-estar nas organizações representa um papel fundamental no desempenho e no aumento da produtividade dos colaboradores. No entanto, não se fica por aqui, afetando também a cultura e o ambiente de trabalho da empresa. 

Esta norma aborda não apenas a felicidade, mas também a saúde, o work-life balance e a promoção de um ambiente de trabalho saudável. Ao adotar esta norma, as empresas podem melhorar o envolvimento dos colaboradores, reduzir o absentismo e atrair talento, contribuindo assim para o seu sucesso a longo prazo. Além disso, reconhece a importância de uma abordagem holística que beneficia tanto a organização como os seus colaboradores.

 

fonte: IPQ

 

Em conclusão podemos dizer que um líder feliz (“happy boss”) é um líder que atinge resultados, que acredita que gerar riqueza sustentável é muito mais do que obter lucros imediatos, estando convicto de que esse destino apenas é possível de ser alcançado, através das pessoas, produtivas, focadas num propósito, e naturalmente, felizes.  

 

Artigo de Sérgio Almeida, em parceria com o diário Vida Económica.

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